Carlos Emiliano Eleutério

CARLOS EMILIANOELEUTERIO • June 29, 2022

RETOMADA DE ANGRA 3 É DEBATIDA NA UERJ 

Executivo da eletronuclear diz que pequenas obras já estão em andamento 

A retomada da Usina Nuclear Angra 3, cujas obras recomeçam em agosto, foi um dos temas do 6º Seminário sobre Energia Nuclear: Aspectos Econômicos, Políticos e Ambientais, que começou nesta terça-feira (21) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) do Instituto de Geografia da Uerj e Casa Viva Eventos, com patrocínio da Eletronuclear, o seminário termina amanhã (22). 

Em sua exposição, o chefe do Departamento de Controle de Bens e Serviços da Eletronuclear, Jean Campelo Brunswick, que até ontem (20) desempenhou a função de superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos, disse que a empresa está desenvolvendo o Plano de Aceleração da Linha Crítica, que deverá se estender até a contratação do Epecista, de modo que não se perca tempo e se mantenha o cronograma de entrada comercial da usina, estimado para fevereiro de 2028. 

“Isso é o que está sendo considerado hoje pela Eletronuclear”, afirmou. 


Mobilização 

Brunswick disse à Agência Brasil que o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3 está começando. A assinatura de contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permitirá a retomada das obras da usina nuclear Angra 3, foi em fevereiro deste ano, e o consórcio está, no momento, mobilizando pessoal e iniciando pequenas obras no canteiro. 

A previsão é que já entre com concreto em agosto e, a partir daí, ocorra efetivamente a retomada da obra, acrescentou Brunswick. A conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3 é considerada como um marco importante “porque é uma efetiva retomada”. Ele ressaltou, entretanto, que as obras já foram retomadas, a partir da contratação do consórcio liderado pela Ferreira Guedes. 

Em 2015, quando as obras foram paralisadas, com 65% delas já concluídas, tinham sido gastos R$ 7,8 bilhões na usina. “A gente vai passar desses 65% para 100%, em 2028”, disse o executivo da Eletronuclear, que não soube precisar o montante de investimentos que ainda será aplicado no projeto. 

O consórcio realiza algumas obras de infraestrutura que as próprias empresas vão usar, como vestiário e refeitório, além de trabalhar na central de concreto que vai ser usado no edifício do reator. 

Na fase atual, entre 99% e 100% da mão de obra contratada serão nacionais. “Porque mão de obra estrangeira é muito específica e, normalmente, está associada a algum tipo de trabalho de um componente nuclear ou alguma estrutura mais específica. Vai ser pontual, pelo menos nessa fase. Hoje, é 100% nacional o que está lá”. 


Próximo passo 

Segundo Brunswick, o próximo passo será a contratação do Epecista, ou projetista, fornecedor e construtor, simultaneamente. Este foi o modelo definido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a retomada de Angra 3. Na verdade, será uma empresa ou consórcio que finalizará as obras civis e a montagem eletromecânica da usina, o que ocorrerá por meio de contrato de EPC (sigla em inglês para engenharia, gestão de compras e construção). Nessa fase, será contratada também mão de obra estrangeira, porque são diversos componentes, muitos dos quais, importados e que têm assistência da Framatome, um dos principais líderes mundiais no setor da energia nuclear, cuja participação é significativa na etapa atual do Plano de Aceleração. 


A previsão é que a contratação do Epecista ocorra por volta de 2024. “Quem entrar vai ter que fazer o restante das obras civis, a montagem eletromecânica e o comissionamento”, destacou Brunswick. Ele disse que a privatização da Eletrobras não altera em nada a operacionalização das usinas nucleares

Angra 1 e 2. 



De acordo com Brunswick, o que muda é que, antes, a usina estava sob controle da Eletrobras e que agora, a ex-holding do setor elétrico passa a ser uma investidora do projeto. “Do ponto de vista prático, não muda, porque o estudo de modelagem do BNDES continua, vai ter a licitação do mesmo jeito.” O que muda é a questão da fonte de recursos, que passa a ser da nova holding Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), criada pelo governo federal, que vai abrigar ativos de Eletronuclear e Itaipu Binacional, explicou. “Não afeta o cronograma de Angra 3 de modo algum”, concluiu. 

Fonte: Agência Brasil 


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O Brasil ocupa a 20ª posição no ranking global da ISO (International Organization for Standardization) em certificados de sistemas de gestão e economia de energia, a ISO50001. É o que mostra a mais recente pesquisa divulgada pela entidade, a ISO Survey 2020. No país, 116 empresas e instituições têm a ISO50001. A posição do Brasil na pesquisa global não é muito animadora, segundo avaliação do coordenador do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia (ABNT/CB116), Alberto J. Fossa. “Num país com perspectivas de enfrentamento de uma crise energética, é decepcionante o avanço que o Brasil teve desde 2011, quando a norma ISO50001 foi publicada”, disse Fossa. No ranking global, o Brasil está empatado com a Irlanda. A Alemanha é o país com o maior número de certificados: 6436. Outros países do bloco europeu, como Reino Unido, Itália, França e Espanha, também estão nas primeiras posições do ranking.Olhando para os países integrantes do BRICS - grupo de países de mercados emergentes em relação ao seu desenvolvimento econômico-, o Brasil só perde para a África do Sul, que ocupa a 61ª. A China está em 2º lugar no ranking global, com 3.748 certificados, a Índia está em 6º e a Rússia em 18º. Potencial é grande O assunto está no centro dos debates do VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética que a CASA VIVA vai realizar no próximo dia 25 de novembro, em modo online. O objetivo é debater tecnologias, soluções e experiências que possibilitem o uso mais racional da energia disponível, além do papel reservado às novas fontes renováveis e limpas na matriz energética do País. Aumentar a eficiência energética é hoje tão importante quanto criar novas fontes de geração, e o Brasil precisa ser mais agressivo com esta política, especialmente neste momento de crise hídrica e energética. “Ainda há muito espaço para avançarmos quando o tema é implantação de sistema de gestão de energia. Muitos países do Leste Europeu, com economias bem menores que a brasileira, como Bulgária, República Checa, Croácia e Hungria, estão se saindo melhor que nós. Isso sem levar em consideração o potencial de indústrias e organizações a serem certificadas, dado o tamanho e importância econômica do Brasil”, afirmou Fossa. A pesquisa feita pela ISO, a Survey 2020, mostra uma estimativa do número de certificações válidas em 31 de dezembro de 2020 e inclui 12 tipos de certificações ISO. A ISO50001 é a quinta maior em número de certificados emitidos, com 45.092 certificações. A ISO9001 é a líder, com 1.299.837 certificados em todo o mundo, seguida da ISO14.001, com 568.798. As Inscrições para o VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética estão abertas em www.eventoscasaviva.com.br Mais informações podem ser obtidas no Site e através do e-mail energiasrenovaveis021@gmail.com e contato@eventoscasaviva.com.br. E também pelos telefones(21) 33013208 / 99699-1954 Fonte: Procel Info Com informações da Abrinstal
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