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Carlos Emiliano Eleutério

Carlos Emiliano Eleutério • March 18, 2021

COMUNICAÇÃO É REQUISITO PARA O SUCESSO DA IRRADIAÇÃO NO BRASIL

A irradiação elimina bactérias e microorganismos prejudiciais à saúde e aumenta o tempo de conservação dos alimentos, com ganhos de produtividade à cadeia de produção e exportação

A comunicação com a sociedade é uma ferramenta estratégica para que a sociedade compreenda com clareza os benefícios da irradiação de alimentos, se conscientize da segurança e aceite com normalidade a aplicação desta tecnologia, tanto de alimentos quanto de embalagens. Desta forma, é fundamental que a informação seja transmitida corretamente à população.

A irradiação é uma técnica eficaz e mundialmente consagrada, que não deixa resíduo, podendo o alimento ser consumido imediatamente após a irradiação, pois o processo não torna os produtos radioativos. Anualmente, são irradiadas cerca de 500 mil toneladas de alimentos no mundo, sendo 40% na China, 20% nos EUA, 13% no Vietnã, 8% no México e 19% no restante do mundo. Os EUA consomem 90% do mercado dos alimentos irradiados.
No momento em que se discute a dinamização da tecnologia no Brasil, o tema “Comunicação com a Sociedade” não poderia ficar de fora deste debate e vai ser tema de painel durante a Agenda Irradiação na Agricultura e Pecuária, no próximo dia 08 de abril, em modo online. O objetivo é debater ações e medidas necessárias para viabilizar e implementar a tecnologia como negócio no Brasil.

Já confirmaram presença no debate o Assessor Técnico do GSI/PR, Fabiano Petruceli, como moderador; a Gerente-Geral de Alimentos da 2ª Diretoria da ANVISA, Thalita Lima; a Assessora de Comunicação Institucional do IPEN/CNEN, Ana Paula Freire Artaxo; e o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e Diretor Institucional da ABRAFRUTAS, Luiz Roberto Barcelos.  

Benefícios da irradiação 
São inúmeras as vantagens dessa técnica, que melhora a coloração de carnes, reduz os compostos tóxicos, incluindo alergênicos, e substâncias cancerígenas. Além do fato de o alimento poder ser irradiado já embalado.

Entre os principais clientes potenciais dessa atividade estão o agronegócio e a área de equipamentos médico-hospitalares. No caso do agronegócio, trata-se de um setor que representa cerca de 25% do PIB do País e respondeu por 43% das exportações brasileiras em 2019. A irradiação elimina bactérias e microorganismos prejudiciais à saúde e aumenta o período de conservação dos alimentos, trazendo ganhos de produtividade para a cadeia de produção e exportadora.

O Brasil está no momento certo para dar esse passo obtendo ganhos com a irradiação de alimentos. O País detém o total domínio dessa técnica através do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) e pode dinamizar a aplicação dela na indústria. O irradiador de alimentos é um empreendimento estratégico para País, mas precisa ser considerado dentro de um planejamento cuidadoso para que não haja retrocessos. 
A comunicação com o consumidor é uma dessas vertentes que devem ser pensadas e executadas de forma integrada, à luz da experiência de outros países que já consolidaram o uso da tecnologia e alinhadas com as diretrizes internacionais. 

Agenda 
Entre os principais temas deste debate estão:
• A Tecnologia da Irradiação como Política Pública
• Um modelo de negócio viável para o País
• Modelos Tecnológicos mais adequados ao Brasil
• A visão dos setores produtivos e usuários: alimentos e frutas, frigoríficos, embalagens, equipamentos hospitalares etc.
• Fontes potenciais de financiamento
• “Cases” e modelos internacionais
• Comunicação com a sociedade (rotulagem/nomenclatura, irradiação na defesa fitossanitária).

Empresas interessadas em participar da Agenda Irradiação na Agricultura e Pecuária como patrocinadoras, integrando a grade de palestras, divulgando suas marcas e mensagens institucionais e de mercado podem entrar em contato com a Casa Viva e trazer suas soluções, tecnologias e experiências para este debate (carlos.emmiliano@gmail.com).

As inscrições também já estão abertas e podem ser feitas através do e-mail inscricao.planeja@gmail.com ou pelo telefone (55 21) 3301-3208.
Mais Informações: (55 21) 3301-3208 / carlos.emmiliano@gmail.com

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22 de outubro de 2021
O Brasil ocupa a 20ª posição no ranking global da ISO (International Organization for Standardization) em certificados de sistemas de gestão e economia de energia, a ISO50001. É o que mostra a mais recente pesquisa divulgada pela entidade, a ISO Survey 2020. No país, 116 empresas e instituições têm a ISO50001. A posição do Brasil na pesquisa global não é muito animadora, segundo avaliação do coordenador do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia (ABNT/CB116), Alberto J. Fossa. “Num país com perspectivas de enfrentamento de uma crise energética, é decepcionante o avanço que o Brasil teve desde 2011, quando a norma ISO50001 foi publicada”, disse Fossa. No ranking global, o Brasil está empatado com a Irlanda. A Alemanha é o país com o maior número de certificados: 6436. Outros países do bloco europeu, como Reino Unido, Itália, França e Espanha, também estão nas primeiras posições do ranking.Olhando para os países integrantes do BRICS - grupo de países de mercados emergentes em relação ao seu desenvolvimento econômico-, o Brasil só perde para a África do Sul, que ocupa a 61ª. A China está em 2º lugar no ranking global, com 3.748 certificados, a Índia está em 6º e a Rússia em 18º. Potencial é grande O assunto está no centro dos debates do VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética que a CASA VIVA vai realizar no próximo dia 25 de novembro, em modo online. O objetivo é debater tecnologias, soluções e experiências que possibilitem o uso mais racional da energia disponível, além do papel reservado às novas fontes renováveis e limpas na matriz energética do País. Aumentar a eficiência energética é hoje tão importante quanto criar novas fontes de geração, e o Brasil precisa ser mais agressivo com esta política, especialmente neste momento de crise hídrica e energética. “Ainda há muito espaço para avançarmos quando o tema é implantação de sistema de gestão de energia. Muitos países do Leste Europeu, com economias bem menores que a brasileira, como Bulgária, República Checa, Croácia e Hungria, estão se saindo melhor que nós. Isso sem levar em consideração o potencial de indústrias e organizações a serem certificadas, dado o tamanho e importância econômica do Brasil”, afirmou Fossa. A pesquisa feita pela ISO, a Survey 2020, mostra uma estimativa do número de certificações válidas em 31 de dezembro de 2020 e inclui 12 tipos de certificações ISO. A ISO50001 é a quinta maior em número de certificados emitidos, com 45.092 certificações. A ISO9001 é a líder, com 1.299.837 certificados em todo o mundo, seguida da ISO14.001, com 568.798. As Inscrições para o VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética estão abertas em www.eventoscasaviva.com.br Mais informações podem ser obtidas no Site e através do e-mail energiasrenovaveis021@gmail.com e contato@eventoscasaviva.com.br. E também pelos telefones(21) 33013208 / 99699-1954 Fonte: Procel Info Com informações da Abrinstal
5 de outubro de 2021
Crise exige mais agressividade para aumentar a eficiência energética de forma contínua em seu planejamento e evitar futuras crises energéticas Com forte impacto sobre o meio ambiente e o bolso do consumidor, a contratação de novas usinas térmicas, conforme prevê a lei de privatização da Eletrobrás, vai resultar em um aumento de 33% nas emissões anuais do setor elétrico em comparação com 2019, com efeitos não apenas na qualidade do ar, mas também no uso da água. O alerta é do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), que considera inadiável intensificar os esforços de descarbonização, ao contrário do que acontece hoje no Brasil. As térmicas têm sido a única opção do País para enfrentar a ameaça de racionamento gerada pela crise hídrica que tem impacto direto na geração de energia do País, cuja matriz elétrica ainda depende em mais de 60% de usinas termelétricas. E a tendencia é que o problema continue, até que o País consiga suprir com outras fontes limpas e eficientes a perda da capacidade hidrelétrica. Outra prioridade inadiável é incluir a eficiência energética de forma contínua em seu planejamento, para evitar futuras crises energéticas. O tema está no centro dos debates do VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética que a CASA VIVA vai realizar no próximo dia 25 de novembro, em modo online. O objetivo é debater tecnologias, soluções e experiências que possibilitem o uso mais racional da energia disponível, além do papel reservado às novas fontes renováveis e limpas na matriz energética do País. Ficha caiu para o clima Em meio a mais grave crise hídrica dos últimos 91 anos, com a possiblidade de racionamento batendo às portas dos brasileiros, a “ficha caiu” para a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas, que vêm provocando fenômenos climáticos extremos em todo o planeta. Ao lado de fontes de energia de base e firme que possam complementar a geração hidrelétrica de forma sustentável, o País não pode mais prescindir de nenhuma alternativa para ampliar a geração de energia limpa e buscar melhores índices de eficiência energética em todos os setores da economia de forma mais agressiva. A tendência mundial aponta para investimentos em fontes renováveis e nuclear, como recomenda a própria Agência Internacional de Energia, que chega a defender medidas extremas para conter a escalada do aquecimento global, como o investimento “zero” em combustíveis fósseis. O Brasil acordou para a questão nuclear e vem implementando medidas concretas para impulsionar seu Programa como opção. Mas essa alternativa que demanda longo prazo não basta, é preciso investir na geração solar, eólica, biomassa, biogás, hidrogênio etc., cujos índices de produção e consumo vem crescendo e ganhando espaço no País. Indicadores melhoram Privilegiado nesse ponto de vista, no Brasil as fontes renováveis de energia alcançaram uma demanda de 46,1% de participação na Matriz Energética, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao indicador de 2018, segundo o Ministério de Minas e Energia. As fontes de energia renováveis incluem a hidráulica, a eólica, a solar e a bioenergia. O indicador brasileiro representa três vezes o mundial. A demanda total de energia chegou a 294 milhões tep, mostrando crescimento de 1,4% sobre 2018, acima da taxa do PIB (1,1%), e respondendo por 2% da energia mundial. A energia solar cresceu 92% e a eólica, 15,5%, fontes que, somadas, contribuíram com 50% do aumento da participação das renováveis na matriz. O desempenho do setor de energia em 2019 chama a atenção em três importantes resultados: crescimento do consumo das famílias, renovabilidade e segurança, afirma o MME. O consumo residencial de energia elétrica cresceu 3,5% e o consumo comercial cresceu 4,5%. O de biocombustíveis líquidos no setor de transportes (etanol e biodiesel) teve crescimento de 11%, chegando a uma participação de 25,1% na energia total do setor, indicador oito vezes maior que o mundial. No indicador de segurança energética, o Brasil que historicamente foi dependente de importações de energia até 2017, em 2018 teve superávit de 1,4% e em 2019 este superávit aumentou para 4,9% (produção primária acima da demanda total). Mas os aumentos de 7,6% na produção de petróleo e de 9,5% na produção de gás natural foram determinantes no melhor superávit de energia. Os indicadores fazem parte da Resenha Energética Brasileira de 2020, tendo como fonte de dados o Balanço Energético Nacional do ano base 2019 (edição 2020), concluído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com a cooperação do Ministério de Minas e Energia e as Empresas e os Agentes do Setor Energético. Segundo a WNA (Associação Nuclear Mundial, da sigla em Inglês), hoje, 14% da energia elétrica no mundo provêm de fonte nuclear, e este percentual tende a crescer com a construção de novas usinas, principalmente nos países em desenvolvimento (China, Índia etc.). Os Estados Unidos, que possuem o maior parque nuclear do planeta, com 104 usinas em operação, estão ampliando a capacidade de geração e aumentando a vida útil de várias de suas centrais. França, com 58 reatores, e Japão, com 50, também são grandes produtores de energia nuclear, seguidos por Rússia (33) e Coréia do Sul (21). Sinal de alerta No último dia 23 de julho, em audiência pública da CME (Comissão de Minas e Energia) na Câmara dos Deputados, O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a necessidade de racionamento, mas também alertou para a importância de medidas que evitem o risco de apagão em horários de pico e a dependência do próximo período de chuvas. Em 2020, segundo o ministro, a condição dos reservatórios era de normalidade, mas com a diminuição de chuvas entre outubro do ano passado e maio deste ano, 2021 já começou em uma situação pior. Atualmente, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão com apenas 30,2% de sua capacidade. "Se nós tivermos uma repetição das chuvas de 2020 em 2021, nós podemos chegar. Se nada for feito, há uma condição bastante desfavorável ao final desse ano, em novembro e dezembro, com os nossos reservatórios abaixo de 20%", disse Albuquerque na CME, acrescentando não ser possível comparar a crise atual com as que aconteceram em 2001 e 2014. Como ponto positivo, é importante ressaltar que a a capacidade instalada mais do que dobrou, saindo de 81 GW para 186 GW de 2001 para 2021, acrescentou. A representação da matriz hidráulica era cerca de 85%; hoje ela corresponde a 61%. A matriz também se diversificou bastante, principalmente com energias renováveis.
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