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Carlos Emiliano Eleutério

Carlos Emiliano Eleutério • March 11, 2021

Governo garante recursos para estudos sobre locais das novas 
usinas nucleares

Resolução define setor de energia nuclear como prioridade no recebimento de recursos. Tema está na agenda do SIEN 2021

Dentro do prazo de 60 dias, o Ministério de Minas e Energia deverá destinar recursos de pesquisa e desenvolvimento para a conclusão dos estudos de do mapeamento de novos sítios para a implantação de futuras usinas nucleares no Brasil. A medida que determina o prazo já foi aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União. O mapeamento de novos locais para abrigar as próximas usinas atômicas é um tema central nas discussões do setor nuclear.

A resolução aprovada pelo presidente também definiu a nova orientação estratégica para ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no setor de energia. De acordo com o texto, a energia nuclear será um dos temas que ganhará prioridade no recebimento de recursos. As novas usinas brasileiras e os possíveis sítios que vão abriga-las estão na agenda do XII Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2021), marcado para os dias 25, 26 e 27 de agosto, no modo online.

Além disso, também ganharão especial destaque as pesquisas envolvendo hidrogênio, biocombustíveis, armazenamento de energia, geração termelétrica sustentável, transformação digital e minerais estratégicos para o setor energético. O texto traz ainda a determinação para que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realize estudos sobre o setor de energia.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, outras medidas de médio e longo prazos estão sendo elaboradas por meio de articulação com o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação para estimular a inovação em energia e mineração. “Para tanto, os ministérios estão concebendo uma estrutura de governança para lidar com esse desafio, possibilitando que a discussão possa ser feita de forma estruturada e coordenada pelas pastas, ampliando o diálogo com instituições e associações setoriais, indústria e sociedade civil”, explicou o MME, em comunicado.

SIEN 2021
Esses e outros assuntos estarão na pauta do XII Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2021, que este ano ainda deverá ser apenas online, devido à incerteza com relação à evolução do programa de vacinação contra a doença no País. Mais uma vez, o SIEN vai congregar, no terceiro dia, os debates voltados para as questões da comunicação no setor nuclear, tema estratégico para conscientizar a sociedade sobre os benefícios socioeconômicos da tecnologia da radiação. 

A data já está confirmada e já pode ser reservada na agenda: 25, 26 e 27/08/2021. No modo online o evento recebeu em 2020 quase 3.000 acessos durante os três dias de debate, e com certeza vai repetir o sucesso em 2021, quando esperamos um número ainda maior de participantes.

Mais informações siennuclear@gmail.com
Tel.: (55 21) 3301-3208 / 99699-1954
www.eventoscasaviva.com.br

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22 de outubro de 2021
O Brasil ocupa a 20ª posição no ranking global da ISO (International Organization for Standardization) em certificados de sistemas de gestão e economia de energia, a ISO50001. É o que mostra a mais recente pesquisa divulgada pela entidade, a ISO Survey 2020. No país, 116 empresas e instituições têm a ISO50001. A posição do Brasil na pesquisa global não é muito animadora, segundo avaliação do coordenador do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia (ABNT/CB116), Alberto J. Fossa. “Num país com perspectivas de enfrentamento de uma crise energética, é decepcionante o avanço que o Brasil teve desde 2011, quando a norma ISO50001 foi publicada”, disse Fossa. No ranking global, o Brasil está empatado com a Irlanda. A Alemanha é o país com o maior número de certificados: 6436. Outros países do bloco europeu, como Reino Unido, Itália, França e Espanha, também estão nas primeiras posições do ranking.Olhando para os países integrantes do BRICS - grupo de países de mercados emergentes em relação ao seu desenvolvimento econômico-, o Brasil só perde para a África do Sul, que ocupa a 61ª. A China está em 2º lugar no ranking global, com 3.748 certificados, a Índia está em 6º e a Rússia em 18º. Potencial é grande O assunto está no centro dos debates do VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética que a CASA VIVA vai realizar no próximo dia 25 de novembro, em modo online. O objetivo é debater tecnologias, soluções e experiências que possibilitem o uso mais racional da energia disponível, além do papel reservado às novas fontes renováveis e limpas na matriz energética do País. Aumentar a eficiência energética é hoje tão importante quanto criar novas fontes de geração, e o Brasil precisa ser mais agressivo com esta política, especialmente neste momento de crise hídrica e energética. “Ainda há muito espaço para avançarmos quando o tema é implantação de sistema de gestão de energia. Muitos países do Leste Europeu, com economias bem menores que a brasileira, como Bulgária, República Checa, Croácia e Hungria, estão se saindo melhor que nós. Isso sem levar em consideração o potencial de indústrias e organizações a serem certificadas, dado o tamanho e importância econômica do Brasil”, afirmou Fossa. A pesquisa feita pela ISO, a Survey 2020, mostra uma estimativa do número de certificações válidas em 31 de dezembro de 2020 e inclui 12 tipos de certificações ISO. A ISO50001 é a quinta maior em número de certificados emitidos, com 45.092 certificações. A ISO9001 é a líder, com 1.299.837 certificados em todo o mundo, seguida da ISO14.001, com 568.798. As Inscrições para o VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética estão abertas em www.eventoscasaviva.com.br Mais informações podem ser obtidas no Site e através do e-mail energiasrenovaveis021@gmail.com e contato@eventoscasaviva.com.br. E também pelos telefones(21) 33013208 / 99699-1954 Fonte: Procel Info Com informações da Abrinstal
5 de outubro de 2021
Crise exige mais agressividade para aumentar a eficiência energética de forma contínua em seu planejamento e evitar futuras crises energéticas Com forte impacto sobre o meio ambiente e o bolso do consumidor, a contratação de novas usinas térmicas, conforme prevê a lei de privatização da Eletrobrás, vai resultar em um aumento de 33% nas emissões anuais do setor elétrico em comparação com 2019, com efeitos não apenas na qualidade do ar, mas também no uso da água. O alerta é do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), que considera inadiável intensificar os esforços de descarbonização, ao contrário do que acontece hoje no Brasil. As térmicas têm sido a única opção do País para enfrentar a ameaça de racionamento gerada pela crise hídrica que tem impacto direto na geração de energia do País, cuja matriz elétrica ainda depende em mais de 60% de usinas termelétricas. E a tendencia é que o problema continue, até que o País consiga suprir com outras fontes limpas e eficientes a perda da capacidade hidrelétrica. Outra prioridade inadiável é incluir a eficiência energética de forma contínua em seu planejamento, para evitar futuras crises energéticas. O tema está no centro dos debates do VI Seminário Nacional de Energias Renováveis e Eficiência Energética que a CASA VIVA vai realizar no próximo dia 25 de novembro, em modo online. O objetivo é debater tecnologias, soluções e experiências que possibilitem o uso mais racional da energia disponível, além do papel reservado às novas fontes renováveis e limpas na matriz energética do País. Ficha caiu para o clima Em meio a mais grave crise hídrica dos últimos 91 anos, com a possiblidade de racionamento batendo às portas dos brasileiros, a “ficha caiu” para a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas, que vêm provocando fenômenos climáticos extremos em todo o planeta. Ao lado de fontes de energia de base e firme que possam complementar a geração hidrelétrica de forma sustentável, o País não pode mais prescindir de nenhuma alternativa para ampliar a geração de energia limpa e buscar melhores índices de eficiência energética em todos os setores da economia de forma mais agressiva. A tendência mundial aponta para investimentos em fontes renováveis e nuclear, como recomenda a própria Agência Internacional de Energia, que chega a defender medidas extremas para conter a escalada do aquecimento global, como o investimento “zero” em combustíveis fósseis. O Brasil acordou para a questão nuclear e vem implementando medidas concretas para impulsionar seu Programa como opção. Mas essa alternativa que demanda longo prazo não basta, é preciso investir na geração solar, eólica, biomassa, biogás, hidrogênio etc., cujos índices de produção e consumo vem crescendo e ganhando espaço no País. Indicadores melhoram Privilegiado nesse ponto de vista, no Brasil as fontes renováveis de energia alcançaram uma demanda de 46,1% de participação na Matriz Energética, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação ao indicador de 2018, segundo o Ministério de Minas e Energia. As fontes de energia renováveis incluem a hidráulica, a eólica, a solar e a bioenergia. O indicador brasileiro representa três vezes o mundial. A demanda total de energia chegou a 294 milhões tep, mostrando crescimento de 1,4% sobre 2018, acima da taxa do PIB (1,1%), e respondendo por 2% da energia mundial. A energia solar cresceu 92% e a eólica, 15,5%, fontes que, somadas, contribuíram com 50% do aumento da participação das renováveis na matriz. O desempenho do setor de energia em 2019 chama a atenção em três importantes resultados: crescimento do consumo das famílias, renovabilidade e segurança, afirma o MME. O consumo residencial de energia elétrica cresceu 3,5% e o consumo comercial cresceu 4,5%. O de biocombustíveis líquidos no setor de transportes (etanol e biodiesel) teve crescimento de 11%, chegando a uma participação de 25,1% na energia total do setor, indicador oito vezes maior que o mundial. No indicador de segurança energética, o Brasil que historicamente foi dependente de importações de energia até 2017, em 2018 teve superávit de 1,4% e em 2019 este superávit aumentou para 4,9% (produção primária acima da demanda total). Mas os aumentos de 7,6% na produção de petróleo e de 9,5% na produção de gás natural foram determinantes no melhor superávit de energia. Os indicadores fazem parte da Resenha Energética Brasileira de 2020, tendo como fonte de dados o Balanço Energético Nacional do ano base 2019 (edição 2020), concluído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com a cooperação do Ministério de Minas e Energia e as Empresas e os Agentes do Setor Energético. Segundo a WNA (Associação Nuclear Mundial, da sigla em Inglês), hoje, 14% da energia elétrica no mundo provêm de fonte nuclear, e este percentual tende a crescer com a construção de novas usinas, principalmente nos países em desenvolvimento (China, Índia etc.). Os Estados Unidos, que possuem o maior parque nuclear do planeta, com 104 usinas em operação, estão ampliando a capacidade de geração e aumentando a vida útil de várias de suas centrais. França, com 58 reatores, e Japão, com 50, também são grandes produtores de energia nuclear, seguidos por Rússia (33) e Coréia do Sul (21). Sinal de alerta No último dia 23 de julho, em audiência pública da CME (Comissão de Minas e Energia) na Câmara dos Deputados, O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou a necessidade de racionamento, mas também alertou para a importância de medidas que evitem o risco de apagão em horários de pico e a dependência do próximo período de chuvas. Em 2020, segundo o ministro, a condição dos reservatórios era de normalidade, mas com a diminuição de chuvas entre outubro do ano passado e maio deste ano, 2021 já começou em uma situação pior. Atualmente, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão com apenas 30,2% de sua capacidade. "Se nós tivermos uma repetição das chuvas de 2020 em 2021, nós podemos chegar. Se nada for feito, há uma condição bastante desfavorável ao final desse ano, em novembro e dezembro, com os nossos reservatórios abaixo de 20%", disse Albuquerque na CME, acrescentando não ser possível comparar a crise atual com as que aconteceram em 2001 e 2014. Como ponto positivo, é importante ressaltar que a a capacidade instalada mais do que dobrou, saindo de 81 GW para 186 GW de 2001 para 2021, acrescentou. A representação da matriz hidráulica era cerca de 85%; hoje ela corresponde a 61%. A matriz também se diversificou bastante, principalmente com energias renováveis.
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