Carlos Emiliano Eleutério
July 1, 2021
Eletronuclear realiza sessão pública da licitação das obras da usina de Angra 3
A Eletronuclear realizou, na última terça-feira (29/06), a sessão pública para a abertura das propostas da licitação dos serviços de obras civis e de parte da montagem eletromecânica previstos no Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3. Essa contratação visa a adiantar algumas atividades de construção da usina antes mesmo de a companhia contratar a epecista – EPC significa engenharia, gestão de compras e construção, na tradução do inglês – que irá empreender a obra global da unidade.
O proponente mais bem classificado deverá apresentar os documentos de habilitação para serem verificados, motivo pelo qual não será divulgado, ainda, o nome do primeiro colocado. Após o término dessa análise, será agendada nova sessão para informar o resultado aos licitantes e abrir prazo para recursos. Caso o proponente mais bem classificado seja inabilitado, será convocado o segundo colocado para apresentar sua documentação.
Os recursos necessários para realizar os serviços que são objeto dessa licitação são provenientes do Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (Afac) aprovado pela Eletrobras em julho do ano passado. Em 2020, a holding liberou R$ 1,052 bilhão para a Eletronuclear. Para 2021, estão previstos R$ 2,447 bilhões adicionais, dos quais R$ 850 milhões já foram liberados. O montante total do Afac consta no Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) 2021-2025 da Eletrobras.
Entre as principais medidas que constam no Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3 está a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator da usina. Além disso, será feita uma parte importante da montagem eletromecânica, que inclui o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico.
A expectativa da Eletronuclear é que o contrato com a empresa vencedora da licitação seja assinado no segundo semestre e que a retomada das obras ocorra até o final deste ano. O índice atual de conclusão da construção de Angra 3 é de 65%. A companhia prevê que a usina entre em operação em novembro de 2026.
Estruturação do modelo de negócios
Também nesta terça-feira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou a assinatura de contrato entre a instituição e o consórcio Angra Eurobras NES, vencedor da concorrência para a estruturação do projeto de retomada e conclusão das obras de Angra 3.
A contratação do consórcio faz parte dos serviços técnicos que o BNDES presta à Eletronuclear desde 2019, visando a estruturar o modelo jurídico, econômico e operacional de parceria junto à iniciativa privada para a construção, manutenção e exploração da usina. Para mais informações, clique aqui.
É importante ressaltar que esse processo é independente daquele que resultará na contratação do serviço de obras e montagem no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3 e também no que contratará a epecista para finalizar a construção da unidade. O primeiro é de responsabilidade do BNDES, enquanto os dois últimos, da Eletronuclear.
Fonte: ELETRONUCLEAR











